O CORPO PRESENTE,
TRANSCENDE.
(2015 - 2022)
Com o uso do corpo-próprio, Mariana Fogaça, investiga a ausência a partir da presença, visto que sujeito e objeto, criação e criadora passam a ocupar o mesmo espaço. O corpo-presente da artista é ambivalente, pois ao mesmo tempo que encara sua audiência nos olhos, ultrapassa seu universo particular incorporando-se ao coletivo, tornando-se um espelho, um ponto de (auto-)reflexão, para o público. O íntimo torna-se público para, então, voltar a ser íntimo no outro. O corpo presente, transcende.
SÉRIE SER(Á)? (2017-2018)
SER(Á)?
Será que ainda estou aqui?
Respirando? Viva?
Será que estou ficando cega diante de tantas falsas verdades?
Ou apenas anestesiada por este mundo de valores invertidos?
Como silenciar a dualidade da mente para não viver em desamor?
Como apenas existir?
Em seu significado mais puro e profundo.
Como despertar e realmente abrir os olhos?
Será que para enxergar preciso, primeiro, fechar os olhos?
Desconstruir para poder expandir?
Sentir dor para, enfim, sentir amor?
Será o amor, com toda sua simplicidade e complexidade, a resposta para tantas perguntas?
Será?
SÉRIE SELF (2017)
Self é o resultado de um processo íntimo de reflexão e reencontro. Aqui, o uso do próprio corpo da artista representa a entrega absoluta e a flor é entendida como extensão de si. Por isso, percebe-se este corpo-múltiplo como quem realiza mas, igualmente, como quem sofre a ação, permeando pelo limite entre corpo-privado e corpo-coletivo. Este corpo que na reconstrução é capaz de compreender a união dos 3 tempos e de viver em simultâneo o inicio, o processo e o porvir.
SÉRIE FLORESCER (2015)
Na série Florescer, sua primeira série de autorretratos, Mariana Fogaça faz de sua prática artística instrumento para o autoconhecimento. O processo criativo torna-se meio para que a artista possa entrar em contato com medos, inseguranças e antigas amarras. A técnica de longa exposição capta o instante estendido, registrando este corpo movente em busca de si.
* A Fotografia Despertar recebeu Menção Honrosa na Categoria Fine Art – Retrato nos respectivos prêmios: IPA 2015 – International Photography Awards e 2018 – PX3 – Prix de la Photographie Paris.